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quarta-feira, 22 de junho de 2011

FOTOS COMENTADAS

ATIVIDADES DE SOCIALIZAÇÃO ....... AFINANDO OS INSTRUMENTOS...
BOLINHO DE BARRO: ÓTIMO EXERCÍCIO MOTOR!
UAU!!!! QUE PINTURA LINDA!!!
VAMOS DOBRAR BEM DIREITINHO???
A ARTE DA PINTURA É HEREDITÁRIA...HE...HE...
TUDO PODE SER PINTADO...PEDRINHAS...
TUDO QUE QUIZER...
A PAREDE ENTÃO...É PERFEITA.
DE TODOS OS LADOS E JEITOS.
LEGAL MESMO É RESPEITANDO OS LIMITES DO DESENHO. UAU!!!
VAMOS ARRUMAR O CASTELO DAS FADAS?
LIIIIINDO!!!
E AGORA, QUE TAL UM ABRAÇO DE URSO??
BRINCAR DE FADINHA TAMBÉM É MUUUUUITO LEGAL...
PARADINHA PARA O LANCHE!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Desenho Infantil - simples rabiscos cheios de significados

Muito se fala sobre o desenho infantil. Mesmo sobre o olhar de especialistas, para se analisar um desenho é extremamente necessário ouvir a criança explicar o que ela desenhou. O significado do desenho só terá valor se a criança tiver a chance de explanar oralmente sobre ele.

Interpretações relativas a cores precisam ser analisadas quanto à interferência no seu uso ou até as opções acessíveis à criança. Muitas desenham de preto e são logo recriminadas, mas pode ser por preguiça de apontar outras cores, ou por preferência naquele desenho. Toda análise precisa ser questionada ao seu autor, por exemplo, uma criança que aparentemente desenha cenas de violência, pode ser questionada quanto ao que desenhou e relatar algum fato fictício, de um desenho ou notícia de TV do seu modo de interpretação, o que é benéfico, pois esclarece a seu modo aquilo que ela viu, não quer dizer que a traumatizou, apenas que chamou sua atenção.

Crianças que desenham e tem oportunidade de se explicar sem ser criticadas quanto a estética, tendem a utilizar o desenho de forma positiva para expor seus sentimentos. Os sentimentos infantis não devem ser diminuídos e sim respeitados. Mesmo episódios que envolvem sofrimento devem ser extravasados pelas crianças através do desenho ou verbalmente, para que elas possam interiorizá-los, além disso formar uma opinião coesa sobre o assunto. Fugir do assunto ou podar essas formas de expressão na criança só as tira um dos seus modos mais inocentes de interagir com seu mundo fantasioso, que é o que a ajuda a formar seu mundo real.

Quando a criança apresenta desenhos que merecem atenção especial, muito violentos ou envolvendo assuntos delicados, caso uma boa conversa sobre o assunto não dê confiança necessária para que ela lide com esse conflito é recomendável a visita a um psicólogo que poderá analisar profissionalmente o assunto em questão. Nesse caso, o desenho serve inclusive como um sinal de socorro da criança e deve ser atendido por um especialista da área.

Normalmente as crianças fazem desenhos bem significativos dos 5 aos 7 anos. Antes disso, seus traços não são suficientes para demonstrar claramente seus pensamentos, mas se você der oportunidade de explicação, desde os dois anos a criança é capaz de traduzir seus rabiscos, que são denominados garatujas e devem durar até os 3 anos, em média. A partir de então ela começa a desenhar figuras humanas circulares, com braços e pernas saindo da cabeça, até conseguirem formar um esquema corporal completo no rosto e envolvendo corpo e membros. É esperado que até os cinco anos isso aconteça, junto com desenhos envolvendo todos os tipos de formas geométricas, casas, carros, árvores e objetos simples.Ao iniciar o aprendizado da escrita algumas crianças aos poucos se desinteressam pelo desenho.

Dos 7 aos 10 anos é a fase em que melhor se desenha. Após essa idade, sem o treino, o desenho fica estagnado, com poucas evoluções, pois a criança já se sente capaz de se expressar em grandes textos. Esses textos, diários e relatos feitos por volta dessa idade, normalmente não são divulgados por eles, mas na maioria das vezes em conteúdo tão revelador como os desenhos da fase anterior.Se os pais não estimulam seus filhos e lhes dão oportunidade de contar sobre seus desenhos e vivências dificilmente terão acesso aos textos que mais tarde seus filhos produzirão. Essa confiança em saber que serão respeitados em suas produções se inicia com os desenhos e se não é criado esse vínculo raramente os pais conseguem "pescar" os conflitos dos seus filhos nas preciosas dicas que um desenho ou uma produção textual revelará mais tarde.


Texto de: Michelle Maneira, pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em tecnologias educacionais, professora de educação infantil da rede pública.
Fonte: http://vilamulher.terra.com.br

domingo, 1 de maio de 2011

O Desenho infantil









Descoberta de um Universo: A Evolução do Desenho Infantil
Autora: Thereza Bordoni
"Antes eu desenhava como Rafael,
mas precisei de toda uma existência
para aprender a desenhar como as crianças".
(Picasso)




Os primeiros estudos sobre a produção gráfica das crianças datam do final do século passado e estão fundados nas concepções psicológicas e estéticas de então. É a psicologia genética, inspirada pelo evolucionismo e pelo princípio do paralelismo da filogênese com a ontogênese que impõe o estudo científico do desenvolvimento mental da criança (Rioux, 1951).

As concepções de arte que permearam os primeiros estudos estavam calcadas em uma produção estética idealista e naturalista de representação da realidade. Sendo a habilidade técnica, portanto, uma fator prioritário. Foram poucos os pesquisadores que se ocuparam dos aspectos estéticos dos desenhos infantis.

Luquet (1927 - França) fala dos 'erros' e 'imperfeições' do desenho da criança que atribui a 'inabilidade' e 'falta de atenção', além de afirmar que existe uma tendência natural e voluntária da criança para o realismo.

Sully vê o desenho da criança como uma 'arte embrionária' onde não se deve entrever nenhum senso verdadeiramente artístico, porém, ele reconhece que a produção da criança contém um lado original e sugestivo. Sully afirma ainda que as crianças são mais simbolistas do que realistas em seus desenhos (Rioux, 1951).

São os psicólogos portanto, que no final do século XIX descobrem a originalidade dos desenhos infantis e publicam as primeiras 'notas' e 'observações' sobre o assunto. De certa forma eles transpõem para o domínio do grafismo a descoberta fundamental de Jean Jacques Rousseau sobre a maneira própria de ver e de pensar da criança.

As concepções relativas a infância modificaram-se progressivamente. A descoberta de leis próprias da psique infantil, a demonstração da originalidade de seu desenvolvimento, levaram a admitir a especificidade desse universo.

A maneira de encarar o desenho infantil evolui paralelamente.
Modo de expressão próprio da criança, o desenho constitui uma língua que possui vocabulário e sua sintaxe. Percebe-se que a criança faz uma relação próxima do desenho e a percepção pelo adulto. Ao prazer do gesto associa-se o prazer da inscrição, a satisfação de deixar a sua marca. Os primeiros rabiscos são quase sempre efetuados sobre livros e folhas aparentemente estimados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto tão estimado pela criança pequena.
Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos ou garatujas ( termo utilizado por Viktor Lowenfeld para nomear os rabiscos produzidos pela criança).
O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias produções. No início, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização, a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê.
É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
O desenho está também intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestigio por ser "secreta", a escrita exerce uma verdadeira fascinação sobre a criança, e isso bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma diminuição da produção gráfica, já que a escrita ( considerada mais importante) passa a ser concorrente do desenho.
O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.

Luquet Distingue Quatro Estágios:
1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Marthe Berson distingue três estágios do rabisco:
1 - Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
2 - Estágio representativo: entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas isoladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário verbal do desenho.
3 - Estágio comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir a escrita dos adultos.

Em Uma Análise Piagetiana, temos:
1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:

• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício.

• Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama). Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico.
2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos".
3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos). Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra.
4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.
5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: "eu represento e você vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.


E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:

• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.

• De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.

• De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.

• De 5 a 6 anos


Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.

• De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.


Referências Bibliográficas
LUQUET, G.H. Arte Infantil. Lisboa: Companhia Editora do Minho, 1969.
MALVERN, S.B. "Inventing 'child art': Franz Cizek and modernism" In: British Journal of Aesthetics, 1995, 35(3), p.262-272.
MEREDIEU, F. O desenho Infantil. São Paulo: Cultrix, 1974.
NAVILLE, Pierre. "Elements d'une bibliographie critique". In: Enfance, 1950, n.3-4, p. 310. Parsons, Michael J. Compreender a Arte. Lisboa: Ed. Presença, 1992.
PIAGET, J. A formação dos símbolos na Infância. PUF, 1948
RABELLO, Sylvio. Psicologia do Desenho Infantil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935.
READ, HEBERT. Educação Através da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971.
RIOUX, George. Dessin et Structure Mentale. Paris: Presses Universitaires de France, 1951.
ROUMA, George. El Lenguage Gráfico del Niño. Buenos Aires: El Ateneo, 1947.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Ministério da Educação e do Desporto, secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.

Fonte: http://www.profala.com/arteducesp62.htm

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A CRIANÇA ESTRESSADA




Criança não nasce estressada, agitada ou malcriada, ela aprende tudo isso, com seus tutores, sejam eles pais biológicos ou secundários, que são seus primeiros e mais importantes educadores, seus primeiros instrutores.
Os primeiros anos de vida são os mais importantes na educação de uma criança. É neste período que tomam consciência das fraquezas ou virtudes dos outros, e dessa forma se identificam e imitam o que vêem, ou repudiam e se entristecem, se calam, ou ainda, se estressam. Assim, irão adotar ou não os comportamentos que presenciam.
Uma criança nasce livre. Livre de crenças, de obrigações, sejam tarefas simples ou complexas. As vontades contidas em sua personalidade ainda não afloraram. Nós, adultos, lhes ensinaremos a falar, a desejar, a preferir, a ficarem frustradas quando não conseguem obter aquilo que dizemos ser coisas importantes para elas. A importância das coisas, assim como suas reações diante de fracassos e sucessos, também lhes ensinaremos pelos nossas próprias atitudes diante dos fracassos e sucessos.
Tão comum em adultos, o estresse também pode atingir as crianças. É uma arma do corpo que surge em qualquer tipo de ambiente ou situação hostil e, portanto, não tem idade para se manifestar.
Se o estresse no adulto tem a fonte nas relações de trabalho, no excesso de tarefas ou nas dificuldades familiares, na criança a origem da doença não é tão diferente, e concentra-se muitas vezes no ambiente escolar e familiar.
A competitividade e a exigência do colégio, uma briga com os colegas, a mudança de casa, escola, cidade, as brigas dos pais, a chegada de um novo irmão são apenas alguns dos possíveis motivos apontados para o estresse infantil.
Quando muitas vezes ouvimos...”isso é bobagem...antigamente não tinha nada disso...todos viviam muito bem...os pais criavam 10 filhos e ninguém tinha estresse...” , precisamos pensar
que não vivemos mais antigamente. O mundo é outro. A violência, os incentivos televisivos do tipo... "compre isso , compre aquilo...", em se tratando de brinquedos sensacionais que na maioria das vezes não é possível comprar, traz frustrações bem concretas pra criança, afinal, na TV foi dito que era para pedir para a mamãe!!! ...ou ainda...desenhos e programas infantis onde utilizam armas de todas as espécies, heróis e bandidos parecem que morrem, mas continuam no outro dia cheios de energia para a luta. A criança não tem discernimento para compreender que na vida real a morte é irreversível.
Os comerciais também dão seu recado "deseducante" quando pessoas de maravilhosa aparência, bem vestidas, "saradas", fazem propagandas bem elaboras de bebidas alcoólicas tendo ao fundo uma música sensacional que põe todo mundo para dançar...Nós, adultos, sabemos muito bem que bebidas alcoólicas não dão um corpo sarado, que um grupo de bêbados resulta na maioria das vezes em brigas, coma alcoólico, gente vomitando, ressaca no outro dia, dependência alcoólica e etc. Antigamente as crianças não assistiam a isso. A vida era real e sem ilusões televisivas.
Nossa realidade é aquela em que o excesso de trabalho dos pais tira o tempo de estarem com seus filhos como antigamente, permitindo que o mundo, a solidão, a televisão e o computador lhes faça companhia.
Não podemos mudar este quadro. É a vida moderna com muitas coisas boas e suas consequências más. Porém precisamos estar cientes que somos responsáveis pelos futuros adultos..
O estresse infantil é muito comum e precisa da atenção dos pais para que não chegue à depressão.
Ele ocorre desde os primeiros anos de vida, mas costuma ser observado na escola atingindo o rendimento da criança em suas atividades.
É fundamental que os pais identifiquem o problema e transmitam, em primeiro lugar, seu apoio afetivo. O próximo passo é procurar tratamento especializado.
Esteja atento sempre!!!!! Seu filho Precisa.
A Educação é responsabilidade em primeiro lugar dos PAIS.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

ESQUEMA CORPORAL

Atividades para estimular a compreensão do Esquema Corporal promovem o exercício de diversos conceitos. A criança, além de compreender o próprio corpo e suas funções mais simples, exercita noção de espaço, compreende o que esta em cima ou em baixo, acima ou abaixo. Aprende a esperar sua vez e respeitar as limitações dos colegas.
O quebra cabeças do corpo humano é um meio eficiente e eficaz para exercitar esquema corporal.


Claro que depois de aprender como funcionam algumas partes do corpo, se descobre em conjunto, que a barriga "ronca" ...o estômago pede um lanchinho e então é preciso solucionar este problema...

E...obviamente...para tanto estudo foi necessário um tanto de bagunça que precisará ser organizada...

E...claro...até juntar a bagunça vira brincadeira...
_Olha o Picolé!!! Quem vai comprar???


-Eu trouxe vaquinhas para brincar! Vou guardar só as minhas.

_Eu também trouxe!!! Qual dessas vaquinhas é a minha????
_A dinossauro!

quarta-feira, 30 de março de 2011

RECONHECIMENTO E VALORIZAÇÃO...

A valorização real do professor ou professora acontece através dele ou dela próprios.
Nas conversas de sala de professor se observa o quanto o profissional se desvaloriza e inferioriza o seu trabalho. Sabemos que honorários de psicólogos, fonoaudiólogos, pediatras (por que não?), são consideravelmente maiores que os míseros salários pagos pelo estado (onde me reconheço) aos professores.
Hoje PSICOPEDAGOGA e PROFESSORA me vejo numa prática onde ocupo duas margens opostas que precisam de forma coerente encontrarem-se num resultado eficiente.
Junto aos colegas professores fui questionada com relação aos honorários com justificativas de que outros psicopedagogos ocupam também a função de fonoaudiólogos ou psicólogos, por isso teriam o direito de cobrarem valores mais altos por suas consultas. Ora...colegas...
Sabemos melhor que ninguém, que somente os professores que estão em sala de aula é que reconhecem a prática psicopedagógica possível de ser aplicada e vivenciada. Sabemos também, que nós, muitas vezes percebemos o nosso aluno febril precisando de atendimento e damos a ele uma atenção bem maior que algumas vezes tem recebido dos pais e até mesmo do médico de plantão. E psicólogos? Sem desfazer dos nossos amigos profissionais competentes que conhecemos, talvez mesmo sem desejar, somos um pouco diariamente, para crianças, para pais, para colegas, enfim. E por que não dizer, que usamos muitas "artimanhas" da fonoaudiologia para tornar possível a alfabetização daqueles alunos que precisam que façamos além da simples docência.
Honorários??????????? Ninguém paga o AMOR pela minha profissão. Nem como professora, nem como Psicopedagoga. Mas dar-se valor e valorizar o colega, é o primeiro passo do crescimento profissional.
A verdadeira satisfação de quem alcança o diploma tão esperado e sonhado, está em saber a sensação do peso da bolsa de livros carregada escada acima, pelos ônibus, trem, táxi..., a quantidade de compromissos da agenda, a saudade da família na hora de estar longe, o medo e a incerteza da hora de chegar. Tudo isso, vivido passo a passo, enquanto muitos tinham leveza nas suas bolsas, agendas e mentes vazias, sem medos e sem saudades.
Obrigado SENHOR, MEU DEUS.
HOJE, estou mais tempo com minha família. A bolsa continua ainda mais pesada de livros, a agenda mais cheia, mas o coração repleto de satisfação e de amor.

domingo, 27 de março de 2011

CONSULTÓRIO PSICOPEDAGÓGICO ELISANA DE OLIVEIRA



Tudo o que se busca com luta, persistência, paciência, seriedade e dedicação, mais cedo...mais tarde...apesar das dificuldades...SE CONQUISTA.
Este ESPAÇO PEDAGÓGICO E PSICOPEDAGÓGICO tem o objetivo de proporcionar atividades lúdicas, educativas e que possibilitem a aprendizagem de TODAS as crianças que nele estiverem.
AGRADEÇO IMENSAMENTE ao professor e colega ARNILDO BARTZ por acreditar que seria possível.
AÍ ESTÁ!!!!!!
Ao trabalho então!!!!!!!!!!!!





quinta-feira, 10 de março de 2011

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2011

Vida e dores do planeta
QUI, 10 DE MARÇO DE 2011 11:08 CNBB
Dom Genival Saraiva

Bispo de Palmares - PE

Com a Campanha da Fraternidade, a Igreja no Brasil estimula ações de natureza pastoral e práticas de caráter educacional. Desenvolve um trabalho formativo que sempre repercute, positivamente, na vida do povo. Em razão da participação dos diversos segmentos da sociedade, na discussão do assunto desenvolvido, há sempre um fruto colhido pela população; de conformidade com a temática abordada; os poderes públicos, em muitos casos, implementam políticas públicas que vêm atender às necessidades coletivas.

A Campanha da Fraternidade traduz o olhar da Igreja sobre a realidade vivida pelo povo, em determinado contexto; sem dúvida, se trata de um olhar pastoral, atento e responsável, levando em consideração, sobretudo, os interesses da população; isso acontece porque, segundo uma expressão de Paulo VI, a Igreja é “perita em humanidade”. Com efeito, em toda as faces de sua ação pastoral, a Igreja sempre lida com pessoas, enquanto lhes dirige sua palavra, ouve seus clamores, conhece suas dificuldades, contribui para sua promoção e acompanha suas conquistas.

Ao abordar o tema “Fraternidade e vida no planeta”, “a CNBB propõe que todas as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis.” Ao propor o lema – “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22) –, quer evidenciar as “dores” do planeta que, como as do parto, deveriam ser passageiras e prenunciadoras de alegria; todavia, essas dores, por serem decorrentes de alteração das leis da natureza, se agravam e tendem a tornar-se crônicas, em razão de sua complexidade e extensão.

O problema do aquecimento global deixou de ser assunto discutido por especialistas, em grandes simpósios; não é matéria apenas de interesse de organismos internacionais; não consta somente da pauta de lideranças mundiais. O envolvimento da população na discussão desse problema tem uma dupla razão de ser; primeiramente, porque está vendo e sentindo os efeitos do aquecimento global, em razão da degradação da natureza, provocada pelas grandes, médias e pequenas indústrias que, naturalmente, são as maiores responsáveis pela poluição mundial, nacional, regional e local; por sua vez, também ela tem sua parcela de responsabilidade na contaminação ambiental, nas cidades e no campo, por sua intervenção nociva, no dia a dia, ou sua omissão comprometedora, em maior ou menor escala. No âmbito local, a ação direta ou omissão da população na degradação do meio ambiente deve-se, fundamentalmente, a uma falta de educação social.

Vivenciando a CF, com o conhecido método do Ver, Julgar e Agir, a CNBB pretende envolver a sociedade, dando-lhe a oportunidade de conhecer mais e melhor a vida do planeta terra, desfigurada diante de contínuas agressões, avaliando-a com a contribuição da ciência e da religião, e suscitando, de forma programada, iniciativas corretivas e preventivas. A religião, indiscutivelmente, tem um papel importante no processo de formação de uma consciência coletiva, também em torno desse assunto:



“A ação da Igreja não pode ser resumida à liturgia e ao culto. Ela deve ser também formadora de consciência a partir dos critérios determinados pela moral cristã”.









O TRABALHO SOBRE A CAMPANHA DA FRATERNIDADE NA ESCOLA
Mesmo os alunos pequenos precisam estar cientes do que acontece na sociedade e, principalmente dos movimentos que surgem em prol do bem comum.
Esta Campanha da Fraternidade abre um leque de opções para o trabalho com as crianças. O compromisso com o planeta precisa ser despertado nos mais pequenos, começando pelos cuidados com o seu espaço e com a compreensão de que é responsável por sua parte.
A turma 21 do Colégio Estadual Bento Gonçalves da Silva, começou hoje a trabalhar o tema da CF 2011 inserido nas atividades de alfabetização.
Em conversa dirigida foram escolhidas palavras surgidas num diálogo reflexivo sobre os cuidados com o planeta. Estas palavras foram selecionadas pelas crianças de acordo com a inicial de forma a poder revisar o som e a grafia das vogais. Construiram oralmente frases sobre o tema utilizando as palavras para poderem compreender o sentido das mesmas. Em seguida cada um desenhou-se para formarmos um grande abraço no planeta, símbolo do compromisso de cada um com os cuidados que precisamos ter com o meio ambiente.
Veja o mural construído a partir do trabalho das crianças.